segunda-feira, 29 de outubro de 2007

PARTO NATURAL

Beto Novaes/EM

A organização não-governamental Bem Nascer promoveu ontem, no Centro de Educação Ambiental do Parque das Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, a Roda Bem Nascer para Casais Grávidos, que discute a humanização do parto e a ecologia do nascimento. Além da programação de atividades voltadas para educação ambiental, saúde, cultura e cidadania oferecidas pela Fundação de Parques Municipais, a ONG promoveu encontro de futuras mamães e papais, que trocaram experiências sobre a gravidez e a importância do parto natural.

As reuniões contam com a participação de Alessandra Godinho, de 28 anos, mãe de dois filhos, que atua como Doula, sigla grega que define mulheres treinadas para apoiar grávidas até depois do parto. Segundo ela, o parto pode ser uma experiência prazerosa e muito positiva para mães e filhos. “Quanto mais natural for o parto, melhor é o processo de amamentação, menor é a chance de depressão pós-parto e mais rápida a recuperação da mãe”, explica. Ela alerta que muitas mulheres optam pela cesariana, devido à dor e à falta de esclarecimento. “Existem muitos mitos em torno do parto normal. Nossa luta é para que as mulheres tenham informação adequada e possam fazer sua escolha”, acrecenta.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a cesariana só deve ser feita em casos de complicação do processo fisiológico, que não passam de 15%, mas no Brasil, segundo ela, em alguns hospitais particulares a taxa chega a 80% do partos. A futura mamãe de Ian, Ana Carolina Santos, grávida de sete meses, admite que, como muitas mulheres que participam das reuniões, tinha medo e várias dúvidas em relação ao parto. “Esse é o terceiro encontro de que participo. Ouvi muita coisa de muita gente. Sempre tive medo do parto por causa das intervenções. Agora, sinto que vou chegar na hora de receber meu filho mais tranqüila e conhecendo os procedimentos”, diz. A ONG oferece mais informações por meio do site www.bemnascer.blogspot.com ou pelo telefone (31) 3376-3028.


Publicada no Jornal Estado de Minas - Caderno Gerais - em 28/10/2007. Assinada por Juliana Fernandes